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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

....pesadelos sociais...


PESADELOS SOCIAIS
Neste poezine compartilho com você a realidade dos meus pesadelos

O desiludido
Perdida a esperança
Só nos resta frustração
Sentimento de impotência
Parece uma maldição
No passado as derrotas,
No presente o fracasso
Os problemas continuam
Sem nenhuma solução.
Quando penso no futuro
Não vejo nada claro
Somente um borrão de destruição
Sofrimento, calor e morte.

O menino e o lixo
Na boca do lixo, o moleque nasceu
Na boca do lixo, ele cresceu
Foi para a escola, mas não aprendeu
O que precisava saber
Pra sobreviver na boca do lixo.

O homem que parou
Um homem bem sucedido como empresário,
Que outrora não passava de um mero estagiário,
Hoje tem seu próprio escritório,
Ganha mais do que o necessário.
Toda sua vida se resume em estudar e trabalhar,
Sabe tudo sobre economia, bolsa de valores, cotação do dólar,
Mas não sabe amar.
O homem é dono de uma fortuna do qual não existe herdeiro
Isso faz dele um homem sem cor
Seco por inteiro
Sem seu cafezinho e cigarro fica mal humorado
Ele nunca para, nem olha para o lado.
Mas um dia ele se cansou
Cansou de tudo e paro.
Aproximou-se da janela de seu escritório
E saltou com tudo rumo ao nada.
Esse foi o dia em q o homem parou.

Parou de fazer cálculos, tomar café, fumar
De atender o telefone, parou de tentar lembrar o nome do porteiro
Parou de olhar as pernas da secretária e de jogar paciência no computador.
Mas antes de morrer espatifado na calçada
O homem se sentiu muito feliz!
Ele fez o que sempre sonhou em fazer;
Voar
Os códigos de barra são as grades da prisão.

Violência
Infelizmente cotidiano violento
Vida violenta
Esse é o nosso canto
Lago de sangue que se faz o bra$il
No rosto cansado o desespero, a dor
E injetado na veia é o rancor.
Impossível distinguir qual violência é pior
As atrocidades são tamanhas
Que caem por terra nossos sonhos
De um amanhecer melhor
A violência está em prato vazio
No choro de uma criança com fome
No desespero de um homem desempregado
Nos idosos esquecidos e maltratados
Na mãe que vende seu corpo
No viciado procurando por mais drogas
No cassetete na minha cabeça ou no corpo já em decomposição.
O barulho das máquinas sufoca os gemidos de dor de uma planta em extinção

Dinheiro vivo
A humanidade irá se destruir
O bom caráter se corromper
O fascista terá mais poder
E o egoísmo prevalecerá
Dinheiro vivo
Morta a humanidade...

Hai Kai
Nuvens carregadas
Área de risco
Desespero

Vítimas da propaganda
Pessoas praticamente mortas
Vivem na miséria
Somente aguardando a sua hora
Dor
Sofrimento
Humilhação
E ainda sim elas caminham sobre a terra
Elas também têm acesso à televisão
Moradores de rua
Moradores de rua
Viciados
Ladrões
Eu
Você
Tod@s as vítimas.

Meras formas
Nos escombros da cidade
São todos vítimas
Da crueldade
Do abandono social
Dessa porca sociedade
Que enxerga tudo azul
Por traz das lentes que não mostram a verdade
Que escondem
O que tem além desses outdoors
Propagandas com gente linda
Encobrindo a sujeira
Reduzindo-nos
Agora a nada
Meras formas é o que somos
Meras formas se decompondo
Meras formas
E tudo ainda é doce
Pois há balas para se comprar no sinal
Meras formas
(por Eisler)

Caminho por ruas limpas
As pessoas se organizaram e estão totalmente independentes dos serviços do estado.
As pessoas são simpáticas e carinhosas, elas não têm mais alguém que lhes imponham regras, religiões, produtos ou comportamento.
Eu caminhava sem saber para onde, e assim me sentia muito bem.
Mas ao abrir os olhos me dei conta de que tudo era um sonho...
Continuei caminhando, agora por ruas sujas
Enfrentando os olhares que me julga em silêncio,
Observando as pessoas mal humoradas, as crianças doentes e com fome,
O contraste bizarro de um prédio de luxo e um barracão de madeira, corrupção, Abusam de poder
Violência...
Me dei conta que vivo em um Pesadelo Social...

Seja o pesadelo de quem te oprime, reprime e castra sua liberdade. O medo é o reflexo da proibição.
Não tenha medo de ser livre

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