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domingo, 11 de maio de 2014

...lá estava o último soldado...

A noite era fria, sentado na beira do lago, esperando chegar a tempestade que se aproximava com voracidade, a esperança não sei se ainda fazia parte dos seus sonhos; Talvez ele esperasse dignidade ao menos na hora da sua morte, sem saber ao certo, virou-se à direita e fixando os olhos no crânio ao seu lado, buscava explicação para a dor que já não sentia, tinha em punhos sua inseparável e cortante baioneta, faltavá-lhe coragem para cravá-la ao próprio peito, não havia mais tempo para sorrir ou escapar, sentado ele clamava pelos dias em que ainda existia a vida humana!
Lá estava o último soldado, o último ser humano, rodeado por ossos de seus companheiros e inimigos, chorou ofegante até o último momento de sua existência, foi a última lágrima humana que se teve conhecimento e do último sorriso: não há lembrança!



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