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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

há sempre um(a) punk por ai...

o tom geral é cinza...
a noite impera violenta...
mas há sempre um(a) punk por ai
adentra a cena,
um "monstro" que se deixa ver...
mas o monstro somos nós e nossos nós
escondemos o óbvio que está dentro de nós
os muros que levantamos contra outros e contra nós...
então transformam (?) o punk no carregamento de pedras
que aumenta os muros,
ao invés do martelo que os derrubam...
covardemente maquiam seus egos com uma palavra (?)
com uma falsa postura, que se opõe a própria palavra
ao significado da mesma e sua "finalidade"
fingem não haver mais os horrores das socializações 
ao qual nos subjugam desde que nascemos...
"vivem" a palavra, mas não seu significado, 
massificam a palavra e assim, deturpam/banalizam o que ela representa
cobrem seus corpos com mais um rotulo,
assim como os que lhe foram escolhidos desde que nasceram...
incessantemente cultuam a palavra e outras associadas a mesma...


mas há sempre um(a) punk por ai 
que adentra e entende a sua função
um identificador de afinidades, posturas e politicas
um aglomerador cultural subversivo do sublime com o grotesco
arte marginal sem cartilhas, sem papas ou travas
arte como instinto puro do individuo esclarecido do mundo que o cerca
contra cultura combativa essencial
a comunicação entre marginais pessimistas e políticos na ultima trincheira
experiência compartilhada entre essências ideológicas
sobreviventes das mudanças politicas, ideológicas e linguísticas...
quando sonhos morrem elxs permanecem
como poemas nas cavernas...
eis então o que significa e representa viver o Punk
não repetir o senso em comum, mas uma base em comum
um identificador de seres afins ou não,
e não um reduplicador de clichês e identidades prontas
seres que não se ajoelham e ruminam junto com a manada
seus corpos e vozes ecoam
aos berros, aos cantos, aos choques e desencantos
não acreditam e nem concordam com o sentido do rebanho
não precisam e acreditam em pretensas/falsas uniões
suas identidades únicas e contraditórias
se somam pelas bases afins
o almejar o momento e sem limites
o ponto de execração em comum
o selo da indignação
no resignificado a outra possibilidade de viver sem amarras
no inventar poesias depois dos massacres
ao plantar sementes anti-submissão
em tocar nas ruínas,
ver as dilacerações do mundo e não se calar
na loucura necessária que se torna uma chama
aquelx que revela e não x que maquia o monstro
que denuncia também o afiador de facas do torturador
que destrói os campos de extermínio do corpo e da consciência...
eis então o que a palavra Punk representa!!!
há sempre um(a) punk por




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