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segunda-feira, 12 de junho de 2017

40 ano$ de que???? de quem e porque????

- Punk no tem idade, não existe uma data de nascimento, não começou com uma banda, nem com um fanzine e nem quando a imprensa/mídia musical decidiu promover para seus fins mercantilistas.
- Punk não tem sexo, nem interno e nem externo, é andrógino por excelência.
-Punk não tem pátria, não nasceu em nova york e nem em londres, simplesmente as grandes potencias tiveram os recursos para difundir-lx , e assim o fizeram.
- Punk não tem raça, embora tenha sido @s negr@s "@s primer@s" a experimentar-lx, ocultados e ignorados até que os brancos "apropriaram-nx"...
- Já havia punks muitos antes de 77 tocando e protestando, das ruas aos guetos, e novamente, a mídia e os empresários, só promovem xs que podem comprar e corromper e xs "garotxs", que embora travessos, são como eles.
Para dizer que o punk nasceu em 77 é como dizer que Deu$ criou o homem, não foi algo mágico ou instantâneo, punk é um conjunto de elementos e expressões usados e utilizados por um grupo de jovens que os usavam para provocar, sobreviver a margem da sociedade e para tentar subverter este mundo.
- A esta altura, o que é tipico dx Punk, moicanos e cristas???
Sabemos que estes vem dos indígenas guerreiros em luta continua contra o extermínio e expropriação dos brancos..
- Cabelos coloridos? estes já têm sido usados desde o século passado, no início pelos dadaístas.
- Dreadlocks? Dreadlocks já "foram" utilizados por grupos africanos, fugitivos, escravos e comunidades afro-americanas na resistência.
- Fanzines? Colagens? Fotomontagens?, Estes já têm sido usados desde os anos 20 aos anos 60 pelos dadaístas, surrealistas e situacionistas.
- A música" ? O barulho? Já havia grupos barulhentos e politicamente conscientes desde o final dos anos 60.
- O "visu", a vestimenta?
O negro, jaquetas de couro, pregos/rebites e calças customizados já foram utilizados por choppers e motociclistas dos anos 50 e 60.
- As botas? desde o início do século passado já foram usadas por pais e filhos de trabalhadores, que hoje foram apropriadas pela dr Marteens e a sub-cultura militarizada que a glorifica e sua forma de amarrar cadarços ...
"Depois disso, o que sabemos ser próprio dx punk?, Estamos comemorando?, Mas, acima de tudo, sabemos a que movimento pertencemos?"
Conheça a sua história, investiga e não deixe ninguém lhe dizer diferente!
Celebre que x punk ainda está vivo hoje, no passado e amanhã...
Celebre com isto e se você quiser, com trajes; mas não demos de mão beijada a quem querem vê-lx mortx!
só que punk não para por ai, das bases a que foi construído e emergido, então, limita-lo a isto tbm é mata-lo...
Uma postura radikal/konta-kultural de todo dia e todo lugar, uma vivência intensa, não só de points e gigs... resistência e ruptura ao marasmo e comodismo e as pessoas ditas "punks" que apenas deturpam o punk (e o faça você mesmo) com suas modinhas, culto a bandas e seus visus comprados...
Estética Punk que extrai da androginia, do lixo e da desesperança a sua linguagem, que transforma o corpo em arte, mas não em arte burguesa...
Resto que se destaca na paisagem, com seus trajes "incomuns", muitas vezes sujos e desgastados, numa fantasmagoria de seres mortos/vivos, invadindo todos
os cantos da cidade com seus modos rudes e sarcasmos...
Uma experiência de todo dia, de fazer da privacidade do ambiente doméstico o ponto de partida da política e de com isto, deslocar a política e a arte
de ser um lugar privilegiado...
Radicalismo punk que busca sobreviver numa sociedade injusta e desigual e por isso não aceitaremos calados essa realidade.
Resistência que busca interagir os meios de sobrevivência de uma forma autônoma e prazerosa...
Ruptura com os comodismos consumistas que comercializam/massificam o Punk como um mero adereço/produto...
Radicalismo que prima pela troca de Punk pra Punk, por afinidades e não por mera aglomeração de corpos...
Resistência aos massacres cotidianos de toda essa merda social/cultural e as mazelas da subvida...
Ruptura e pessimismo a toda (a)culturalização imbecil que nos é empurrada todos os dias...
Criar os próprios meios e relações de vivência, a margem, desdenhando e renegando a sociedade e suas manifestações superficiais, valores fúteis, prejudiciais ao desenvolvimento de uma personalidade autentica...
Contestação e questionamentos a toda ordem vigente que cria seres desprovidos de porquês e que engolem respostas pré-fabricadas pela corja social...
Desconstruir a inercia, passada de geração para geração, a padronização, sua moda, suas crenças debeis, sua rotina de ilusões...
Negação da limitação em vangloriar-se de sua limitação na imensidão do mundo...
De margem, porque procuramos nos abster dos padrões/preconceitos que se criaram na sociedade (e que a regem): a homofobia, regionalismo, nacionalismo, machismo,
possessividade, autoritarismo, o moralismo e o puritanismo cristão, políticas (centralizadas/hierárquicas) e partidarismos.
Punk radikal como continua ruptura, um espasmo de anti-arte, um choque ao já esperado... seres que optam através de distintas linguagens expressar o que sentem diante de uma vida pronta, morta e acabada!!!


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