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terça-feira, 14 de setembro de 2010

...ni ama ni esclava...


Eu tenho medo. À noite eu sei que as ruas não são seguras para mim, então eu temo
por cada passo dessa liberdade que insisto e conquistar.

Eu choro. Cada vez que me lembro das companehiras abusadas, 
agredidas, estrupadas, mortas, então eu choro porque sei que 
posso acabar como elas, simplesmente por ser mulher.

Eu esbravejo. Cada vez que me abordam nas ruas como se meu
 corpo fosse patrimônio público, 
sem ao menos perguntarem se eu quero ser incomodada, 
então revido não aceito, ignoro, 
porque quero o direito de poder andar em paz.

Eu me assusto. Eu sei que a culpa não é minha, mas sempre espero
que me responsabilizem como culpada dos males que me atacam.
Pela minha roupa, meu silêncio adestrado, a situação a qual fui
condicionada, sei que jamais me darão as mãos, e sim atirarão pedras.

Eu luto. E quero que todas também lutem por sua autonomia, eu sei
que não é faci, mas luto pelas que não podem lutar.

Eu acredito. Acredito nas mulheres que temem que sofrem, que se acuam,
que revidam que lutam acredito nas mulheres. Pois eu sei,
 eu sei que acreditando em cada uma delas estarei de alguma
 forma fazendo a diferença...
                                     (Grazy)

...pesadelo e imagem...n°1...