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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Sob os escombros da cidade 3 - punkzine


Existe tempo para coisas antigas hoje?
será que a adaptação tecnologica-social é ireversivél?
Ou isso ainda há de nos servir e/ou nos prejudicar de um jeito ou de outro?
Eu continuo e pretendo continuar ouvindo discos, fitas k7, lendo e produzindo zines fulldidamente xerocados, enviando/recebendo correspondências,
escrevendo coisas em maquina de datilografar, intervindo nos muros da cidade, me encontrando com as pessoas nas ruas, apesar de minha city ocupar atualmente
o 2° lugar em violência na bosta do brasil e vivenciando coisas que só quem tá a margem tá ligad@. 
Para outr@s essas coisas apenas ocupam um lugar no cantinho da memoria de onde se mira um passado com nostalgia e distância porque no presente acabaram cedendo
as ilusões/pressões da sociedade que outrora negavam.
Para além de qualquer relação fetichista/nostálgica que envolva algumas das práticas mencionadas acima, esse texto tem a intenção de instigar questionamentos,
investigações, duvidas e possibilidades sobre a nossa relação com a tecnologia neste inicio de século.
O fato é que ela está ai e as coisas estão acontecendo. E agora? por exemplo, nossa relação com algumas tecnologias como a internet deve implicar tão somente impedimentos?
ou deixar de perceber potenciais estratégicos na utilização de certas tecnológicas disponíveis em favor da propaganda subversiva, não é impor limites as possibilidades
de ação? claro que quando eu sugiro estas questões não perco de vista os limites objetivos impostos pelas desigualdades no acesso a qualquer forma de tecnologia em nossa
sociedade, que, aliás, refletem uma grave realidade de exclusões históricas.
E muito menos a de que temos que nos render aos "avanços" tecnológicos, isso de forma alguma, pois os zines são a nossa principal forma de imprensa/mídia livres.
Os hackers por assim dizer, politizados, desde os anos 50 e 60 se inspiraram em trés princípios básicos que foram sendo aprofundados ao longo do tempo:
1 - O acesso aos computadores deve ser livre.
2 - Toda informação deve ser disponível.
3 - Desconfie da autoridade - promova a descentralização.
É mister afirmar que nada pode ou irá substituir a luta nas ruas, mas deixar de perceber novas formas para a propaganda contrainformacional, não seria "radicalidade"?
Se pensarmos nisso, por exemplo, veremos que o acesso a esse tipo de informação - que se veicula de forma independente, não profissional e em diversos formatos,
inclusive em espaços como a undernet - deep web, etc. ainda são bastante restritos. 
A asfixia cultural promovida pelos meios de comunicação/alienação em massa interdita propositadamente o discurso "critico", "louco" e "proibido" em sua programação,
ao mesmo tempo em que lesa os povos com entretenimento, consumismo e a reafirmação das relações de poder como se fossem naturais, impedindo as pessoas de cogitarem 
a livre informação exatamente pro não pensarem livremente.
daí a importância da propaganda/difusão de conteúdo livre em vários espaços e não da banalização com muit@s mau intencionad@s tentarão interpretar esta que é uma problematização
e não um manual de conduta/ações.

Por outro lado, pra irmos além da critica não construtiva, a ponte no acesso a certos conteúdos livres tem sido um ponto positivo quando se pensa em espaços 
virtuais que se propõem a funcionar como veículos de contrainformação. Alguns movimentos sociais, por exemplo, ao longo dos últimos anos perceberam nu uso estratégico
desses espaços em potências para a promoção de informação descentralizada e para a mobilização/articulação de pessoas em torno de causas e ações sociais.
Constatado isso, passaram a fazer uso massivo das redes sociais e de outras formas de interação na web para a interferência estratégica no mundo físico.
Enfim, o que importa nessa discussão é ir além dos estereótipos e dos discursos que representam estagnação - algo que está vivo precisa se movimentar, se ressignificar, 
se tornar novo esvaziando-se das convenções no conflito das ideias/praticas.

                  

*punkzine tamanho A4, 16 paginas... entrevista com a banda Helvetin Viemärt... Letras das bandas Total Desprezö, Banquete dos Vermes e Cinza e Ausência... Textos sobre espaços virtuais, EZLN e violência machista... Relatos/informes de gigs/eventos, bandas, coletanea... + fotos, colagens, poesias e sugestões/reviews...
 muito bom zine, com exceção as informações sobre eventos, todo o conteúdo bem atual/atemporal...

Disponível para trocas, de quem faz pra quem faz!!
Faça tu mesmx ou morra!!!


sábado, 6 de outubro de 2018

Vomito Ratazaniko - zine

Ouvi dizer que o futuro
Dura 3 segundos
então nossas vidas
São feitas de memorias
toda vez que bebo
esqueço
assim vou morrendo me esvaindo
com minha memoria
mas vou montando
ma construindo
e minha vida agora
uma historia
narrada pelas lembranças
de quem me acompanha

*poezine tamanho 1/4 de A4, 8 paginas... poesias e desenhos "existencialistas"...

Contatos pra quem tiver interesse em adquiri-lo:

instagram: anarkanurb
e-mail: nabrunhagra@gmail.com