os ritmos cotidianos pensam em nosso lugar. do trabalho ao "tempo livre", tudo se
desenvolve na continuidade da sobrevivência. temos sempre algo a que nos agarrar.
no fundo, a mais espantosa característica da sociedade atual é a de fazer conviver
as "comodidades cotidianas" com uma catástrofe ao alcance das mãos.
se passa das diversões aos massacres de massa com a disciplina inconsciente de gestos
calculados.
o risco do esforço audaz não existe mais, só existe a segurança ou o desastre,
a rotina ou a ruína. salvos ou afundados. vivos, jamais.